A medida é vista por muitos prefeitos como uma manobra para manter o controle da associação, aprofundando ainda mais a divisão interna entre os gestores municipais.
29 de abril de 2025 às 12:44Compartilhe esta notícia:
O ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), suspendeu a convocação da eleição para a nova mesa diretora da Associação Rondoniense dos Municípios (AROM), que seria realizada de forma antecipada após pressão de prefeitos contrários à sua permanência na presidência da entidade.
Anunciada no início de abril, a eleição da nova diretoria surgiu como resultado de um movimento liderado por prefeitos que defendem que apenas gestores no exercício do mandato podem ocupar a presidência da AROM. A atual composição da entidade, no entanto, conta não apenas com Hildon Chaves, mas também com os ex-prefeitos Valteir Queiroz (União Brasil) e Isaú Fonseca (União Brasil), ambos afastados dos cargos após investigações e operações policiais, mas que ainda integram a cúpula da associação.
Em publicação feita no Diário Oficial da AROM nesta segunda-feira (28), Hildon justificou a suspensão do processo eleitoral pela necessidade de uma auditoria completa nas contas da entidade. Uma empresa especializada será contratada para realizar o serviço, o que postergará por tempo indeterminado a realização da nova eleição.
Com a decisão, Chaves deve permanecer no comando da AROM por um período ainda indefinido, já que a auditoria sequer teve início. A medida é vista por muitos prefeitos como uma manobra para manter o controle da associação, aprofundando ainda mais a divisão interna entre os gestores municipais.
A permanência do ex-prefeito na presidência da AROM, mesmo fora do cargo eletivo, aumenta a tensão entre os filiados e pode acarretar consequências sérias para o funcionamento da entidade, especialmente num momento em que o controle político da associação se torna estratégico às vésperas das eleições de 2026.
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