Casos de síndromes respiratórias colocam Rondônia e mais 11 estados em alerta

Desde o início do ano, o Brasil já registrou 16 mil casos de SRAG, sendo 34,3% com testes positivos para vírus respiratórios.

10 de março de 2025 às 11:25
Saúde
Por: Redação

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O estado de Rondônia e outras 11 unidades da Federação estão em alerta devido ao aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas semanas. O dado foi divulgado no boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na sexta-feira (7), com base em registros atualizados até o dia 1º de março.

A SRAG é uma condição grave que causa dificuldade respiratória intensa, sensação de peso no peito e queda no nível de oxigenação do sangue, necessitando de hospitalização imediata.

Estados em risco e alerta

Entre as 11 unidades federativas que compõem as regiões Norte e Centro-Oeste, 8 apresentam incidência da síndrome em níveis de alerta ou risco. São elas:

📌 Nível de risco (mais grave)
Roraima
Pará
Goiás
Tocantins
Distrito Federal

📌 Nível de alerta
Amazonas
Mato Grosso
Rondônia
Sergipe (único estado fora das regiões Norte e Centro-Oeste)

Crianças e adolescentes são os mais afetados

O boletim da Fiocruz aponta uma tendência de crescimento nos casos de SRAG entre crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, com maior incidência entre bebês de até 2 anos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, destaca que um dos fatores para esse aumento é a volta às aulas, já que as escolas são ambientes fechados onde as crianças têm maior contato próximo umas com as outras, facilitando a transmissão dos vírus.

Os principais vírus identificados em crianças são:
🦠 Vírus Sincicial Respiratório (VSR) – principal causa em bebês de até 2 anos, podendo evoluir para bronquiolite e insuficiência respiratória.
🦠 Rinovírus – principal responsável pelos casos em crianças entre 2 e 14 anos.

No Distrito Federal e em Goiás, o aumento dos casos em crianças pequenas está relacionado ao início da temporada do VSR, que afeta principalmente bebês nos primeiros meses de vida.

Balanço de 2025: mais de 16 mil casos no Brasil

Desde o início do ano, o Brasil já registrou 16 mil casos de SRAG, sendo 34,3% com testes positivos para vírus respiratórios.

Os principais vírus identificados são:
🔹 Sars-CoV-2 (Covid-19) – 46,2%
🔹 Rinovírus – 23,6%
🔹 VSR – 15%
🔹 Influenza A – 6,1%
🔹 Influenza B – 2,5%

Já em relação às mortes por SRAG, foram contabilizados 1.338 óbitos no país em 2025, sendo 47,5% causados por vírus respiratórios. O Sars-CoV-2, causador da Covid-19, foi responsável por 81% das mortes confirmadas por exames laboratoriais.

Cuidados e prevenção

Diante do aumento dos casos, especialistas reforçam a importância de medidas preventivas.

A pesquisadora Tatiana Portella alerta que pessoas com sintomas gripais devem evitar sair de casa. Caso seja necessário sair, o ideal é usar máscara para evitar a propagação do vírus. Além disso, é essencial evitar contato direto com bebês e crianças pequenas sem a devida proteção.

💉 Vacinação
A Fiocruz reforça a importância de manter o esquema vacinal completo contra a Covid-19. A vacina está disponível gratuitamente nas unidades de saúde e pode ser aplicada em crianças a partir de 6 meses de idade.

Com a chegada das mudanças sazonais e o aumento dos casos, a recomendação é redobrar os cuidados, especialmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades.

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